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Mercado 'fit' e longevidade aumentam procura pela carreira de educação física 15/09/2017

Em expansão há mais de duas décadas, o mercado 'fit' é um dos principais fatores por trás do aumento da procura pela carreira de educação física. Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que a proliferação de academias pelo país, além do fortalecimento da cultura de promoção de saúde e lazer para pessoas de várias faixas etárias, são os dois fatores predominantes na mudança.

Entre 2000 e 2015, por exemplo, o número de profissionais formados anualmente na área cresceu de 8.283 para 35.032, um aumento de 323%, segundo o Censo da Educação Superior.

Além das vagas na graduação, os postos de trabalho também registraram aumento. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com dados do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostrou que, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012, foram abertos 6.848 novos postos de trabalho de nível superior para profissionais de Educação Física. Foi a 11ª profissão com o maior número de novas vagas no período.

Culto ao corpo x corpo e alma

A área de 'wellness' acabou atraindo Luciana Gomes Ferreira [CREF 004991-G/SP], de 42 anos, depois que ela já acumulava vários anos dando aulas de diversas atividades físicas em academias, além da graduação plena em Educação Física e uma pós-graduação em ginástica postural.

Ela afirma que começou a trabalhar em academias de ginástica pelo motivo mais frequente: é o mercado com o maior número de vagas, e ela precisava de dinheiro para pagar a faculdade. “Era uma forma fácil de ganhar dinheiro, mas não era um lugar para mim, não era um lugar em que eu me sentia à vontade. Era legal, todo mundo era engraçado, mas faltava alguma coisa”, disse ela.

'Especialista em alongamento'


Na hora de buscar uma pós-graduação, ela decidiu evitar o caminho mais comum entre seus colegas, de estudar a fisiologia do exercício. Sua escolha de estudar ginástica postural a acabou colocando no caminho da ioga.

"Fiz pós em ginástica postural. Então fiquei sendo uma especialista em alongamento, na verdade. Por conta disso, uma coordenadora de uma academia em que eu trabalhava me chamou para ser substituta do professor de ioga."

Assim que começou a aprender mais sobre a área, ela diz que viu como a ioga lhe dava o que faltava nas aulas de dança ou nos treinos de academia. “Não é uma aula de ginástica. Não é fazer uma série de 15 repetições, contar até 8 e pedir para o aluno repetir. Tive logo que buscar curso de formação oficial, para me sentir mais apropriada na prática.” Há 12 anos, Luciana é formada e dá aulas de Iyengar Yoga na região da Avenida Paulista, em São Paulo. “Depois que comecei a trabalhar com ioga larguei mão de tudo. Tive que escolher”, explica ela.
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Ela afirma que, quando começou a estudar ioga, tinha “um olhar mais crítico”, principalmente em relação à flexibilidade do corpo. Ela dá como exemplo a flexão do joelho. “Na anatomia tem um ângulo saudável de flexão do joelho, 90 graus. Mas tem posição da ioga em que o joelho flexiona 120 graus”. Segundo ela, apesar de, em teoria, isso ser danoso ao corpo humano, ao estudar a posição específica, o professor de ioga percebe que existe todo um desenho do corpo e da mente que permite essa flexão do joelho sem machucar o praticante.



Fonte: G1