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Sem idade para começar: Profissional de Educação Física se destaca no pole dance aos 62 anos 01/02/2018

Tempo nunca foi um problema na vida da educadora física [o termo correto é Profissional de Educação Física] Laíde Ventilari [CREF 000986-G/AM]. Conciliar a rotina que envolve as aulas que leciona em uma escola na capital com uma série de atividades físicas ao longo do dia parecia ser uma barra difícil de segurar. Mas no auge dos seus 62 anos e com uma aposentadoria recém-conquistada, ela fez da barra uma companheira e nela encontrou uma nova paixão. Laíde foi um dos destaques da primeira Mostra de Pole Dance do Amazonas, organizada pelo Estúdio Manaus Pole Dance, que aconteceu no Teatro da Instalação, Centro de Manaus.

Praticante da modalidade há cerca de cinco meses, a educadora física [o termo correto é Profissional de Educação Física] conta que conheceu o pole dance através de um conhecido. Movida pela curiosidade, resolveu pesquisar sobre o assunto e gostou do que viu. “Uma pessoa me falou a respeito, eu fiz uma pesquisa e fui parar no melhor estúdio de Manaus. O esporte é novo, é bonito e eu, por já ser da educação física [o termo correto é Profissional de Educação Física], tenho experiência na prática de alguns esportes e achei o pole dance ótima, é uma mistura de auto estima e diversão”, conta Laíde que diz praticar a modalidade em média entre duas e três vezes na semana.

Indo na contramão do que se espera de alguém na terceira idade, Laíde se jogou de cabeça na modalidade. A vida moldada pelos esportes desafiadores que praticou ao longo dos anos rendeu uma vitalidade que fez com que Laíde não se sentisse intimidada pelos movimentos arriscados na barra. Graças a essa bagagem, a educadora afirma ter encontrado facilidade em seus primeiros passos no pole dance.

“Na realidade eu não senti dificuldade nenhuma não, o que me impulsionava pra frente era a vontade de executar os movimentos seguros. A barra olha pra ti e fala ‘te joga, te entrega’, ela te passa a vontade de executar e ai se você ficar com medo, você não consegue. Ou você se joga, se entrega, ou não faz nada e eu quando faço alguma coisa eu me jogo de cabeça”

Apresentação

Fantasiada de melindrosa e com uma coreografia que reviveu os anos 1920, Laíde conseguiu conquistar o público que acompanhou de perto a mostra. A apresentação no Teatro da Instalação marcou o primeiro contato da educadora com o público no mundo do pole dance. Apesar do nervosismo na iniciação, Laíde afirma que a experiência superou suas expectativas.

“Foi uma experiência única, primeiro porque eu nunca havia me apresentado, principalmente em publico, achava que eu nem ia conseguir fazer e pro que eu tinha me comprometido eu consegui fazer. Eu percebi que se eu posso, qualquer um pode, basta querer. Eu tenho um lema que é ‘Eu quero, eu posso, eu consigo’”, diz.

Quem destaca o talento de Laíde são as professoras Vivian Alencar e Noelia Key, donas do Studio Manaus Pole Dance e responsáveis por ensinar o esporte a Laíde. Para elas, o empenho em uma modalidade como o pole dance é algo que deve servir de exemplo até para os mais novos. “Ela é uma inspiração para todos que praticam. Muita gente sempre encontra uma desculpa para não fazer uma atividade física e ela com 62 anos mostra que todos podem fazer independente da idade, do corpo físico. Ela mostra que o esporte é bem democrático”, afirmam.


Fonte: A Crítica