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Por sonho, jovem com síndrome de Down supera limitações e cursa graduação em educação física no Acre 12/04/2018

Para realizar um sonho, a estudante Rayssa Menezes, de 25 anos, superou as limitações da síndrome de Down e decidiu cursar Educação Física. A jovem está no 6º período da graduação e faltam apenas mais dois períodos para que ela seja uma educadora física [o termo correto é Profissional de Educação Física].

Para Rayssa, a conquista pode ser traduzida em uma única palavra: alegria. Durante as aulas de natação, é possível notar o quanto ela superou as limitações e faz todas as atividades exigidas sem problemas. Mas ela não pretende parar por aí e quer se tornar professora.

“Pretendo fazer faculdade de música, ser professora e música”, afirma com um sorriso no rosto.

Se para a jovem o momento é de felicidade, para a mãe dela o sentimento é ainda maior. A professora Sofia Braga Menezes dedica a vida ao desenvolvimento da filha. Apesar de ter superado tantos desafios, ela nunca perdeu a esperança de que a filha iria conseguir realizar o sonho.

“Em 2003 não tinha existia muito essa questão de inclusão. Quando ela estava no Colégio Dom Bosco eu estava tranquila, mas quando decidiu ir para a escola regular fiquei preocupada com o preconceito. Esse era um sonho dela, ela me via estudar na universidade e sempre dizia que também ia estudar no mesmo local. Mas, para mim, foi uma grande surpresa e uma felicidade sem tamanho”, lembra.

Rayssa sempre teve o apoio da família e alcançou o sonho de fazer uma graduação. Só faltam dois períodos para a conclusão do curso e o esforço dela orgulha a mãe.

“Ela tinha as limitações, mas sempre procurou vencer. Ela sempre dizia ‘eu tropeço, mas não desisto’ e isso me dava mais forças para incentivar que ela continuasse seguindo o sonho dela”, afirma Sofia.

No Brasil existem ao menos 300 mil pessoas com Down, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a coordenadora do grupo Família Down Acre, Roberta Lopes, a inclusão dessas pessoas na vida escolar e profissional ajuda tanto o desenvolvimento delas como a criação de uma sociedade que respeite as diferenças.


“O preconceito está relacionado a várias situações e com a síndrome não é diferente. Sou mãe de uma criança com Down e a gente tenta trabalhar isso, levar ele para todos os cantos, ter uma vida social e mostrar que uma pessoa com Down pode ser inserida na comunidade como qualquer outra”, finaliza.


Fonte: G1