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Árbitra paranaense é destaque no quadro da Fifa e sonha com Mundial 13/04/2018

A paranaense de Edina Alves Batista [CREF 026378-G/PR], sonha em representar a arbitragem brasileira na Copa do Mundo de Futebol Feminino, que acontece em 2019, na França. Única mulher representante do estado credenciada pela FIFA, ela é formada em Educação Física, presidente da Liga de futebol de Goioerê e sempre foi apaixonada pela prática esportiva.

“Amo o esporte e sempre estive ligada a ele de uma maneira ou de outra. Jogava basquete e futsal, desde os tempos da escola”, contou a árbitra de 38 anos, que iniciou por acaso na profissão.

“Recebi o convite do um pai de uma amiga, o senhor Osvaldo Mengue, que pediu para que eu fosse assistente de um jogo da categoria Júnior. Isso aconteceu em 1999. Gostei muito e decidi seguiria na carreira”, disse a educadora física [o termo correto é Profissional de Educação Física], que estudou, se aprofundou nas regras e se formou na Federação Paranaense de Futebol em 2001.

Primeiro, Edina atuou como bandeirinha, mas foi em 2014 que ela fez novos cursos para poder apitar como árbitra central. Em 2016 ela entrou para o quadro de árbitros da FIFA e os testes, segundo ela, não foram nada fáceis.

“Fizemos várias provas físicas e teóricas, trabalho de campo e outros trabalhos relacionados à arbitragem. Foi uma preparação muito intensa”, explicou ela, que está acostumada a apitar partidas masculinas.

“Sempre trabalhei em jogos masculinos desde quando comecei antes bandeirando e depois como árbitra central. Nosso preparo físico tem que ser igual ao dos homens se você quiser apitar o masculino. Tem que estar pronta”, contou a profissional, que disse nunca ter sido desrespeitada em seu ofício.

“Preconceito ainda existe, mas já diminuiu muito, muito mesmo. Os atletas sempre me respeitaram”, comentou.

Em novembro do ano passado, Edina viveu um momento especial na carreira. Ela apitou uma partida pela Série B do Campeonato Brasileiro. A atuação da árbitra quebrou um jejum de mais de uma década sem mulheres no apito na categoria.

“Um jogo marcante em minha carreira foi entre Figueirense e Paysandu, em 2017. Foi meu primeiro jogo apitando Série B. Já tinha bandeirado, mas apitado nunca. E este momento foi especial porque fazia 11 anos que uma mulher não apitava a segunda divisão”, contou.

Outros campeonatos importantes já apitados por Edina foram: Série D do Brasileirão, Copa Libertadores Feminina, Brasileiro de Aspirantes e Campeonato Paranaense. Todos esses no ano passado.

No mês passado, a goioerense esteve no Catar para realizar um treinamento em preparação para a Copa do Mundo Feminina de Futebol, que acontece em 2019 na França. O evento foi uma pré-seleção para definir a arbitragem no torneio e Edina espera estar entre as convocadas para a competição.

“Estamos em 35 árbitras centrais do mundo. Aqui da Conmebol estamos em cinco: eu representando o Brasil, uma do Chile, uma da Argentina, uma do Uruguai e uma do Paraguai. Se Deus quiser vou conquistar esta vaga e vou representar o nosso estado e nosso Brasil”, finalizou.



Fonte: Tribuna