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Vários equipamentos do Parque Madureira enfrentam a falta de manutenção 04/07/2018

O Parque Madureira, que já foi a menina dos olhos da prefeitura do Rio, sofre com a falta de manutenção. Equipamentos de ginástica e quadras esportivas são o retrato do abandono. Eduardo Lucas Silva Lima, de 22 anos, morador de Guadalupe, queria aproveitar a sexta-feira com clima de feriado para se exercitar na academia de musculação local, mas encontrou todas as anilhas (discos de peso) trancadas com cadeado. Mesmo se não fosse por isso, alguns equipamentos, como uma cadeira flexora, estão sem condições de uso. Sequer possuem assento.

— As condições do parque não são boas. Poderia melhorar. O assento do supino (aparelho para levantamento de peso) sumiu de ontem para hoje. Não entendi também os cadeados nas anilhas. Acho que tem de pedir autorização para usar, mas não sei onde fazer isso. Acho que ninguém usa os aparelhos — acredita o rapaz.

A cadeira flexora (serve para exercitar os membros inferiores) está com o assento rasgado e encosto solto, já tendo causado acidentes, segundo frequentadores. Mas, estes estão longe de serem os únicos problemas. A grama sintética da quadra de futebol society apresenta sinais de desgastes e o tablado onde fica o arco olímpico e servia como uma espécie de mirante está interditado, por apresentar risco aos visitantes.

Além da falta de manutenção, profissionais de educação física se queixam de que estariam sendo convidados a se retirar do parque pelos seguranças, quando tentam dar suas aulas de ginástica funcional ou personal. Eles dizem ainda que a nova direção estaria tentando cobrar uma taxa ou contrapartida, em forma de cestas básicas, para liberar o uso do local.

— É uma pena, pois a presença dos professores de educação física ajuda a movimentar o parque aumentando a frequência em pelo menos 60% durante os dias de semana, pela manhã e à noite — estima um professor de educação física que preferiu não se identificar, temendo represálias. Ele contou que já não organiza eventos, como recreação com crianças, desde o ano passado, para evitar de ter de pagar a taxa que, segundo ele, seria a partir de R$ 160.

Procurado, o diretor do parque Walmir Araújo negou que haja cobrança de qualquer taxa ou contrapartida para uso das dependências, pela atual gestão. Ele garantiu que o espaço é público e seu uso gratuito e que as doações que, porventura, ocorrem nos casos de realização de eventos são espontâneas e direcionadas a instituições filantrópicas.

Porém, o diretor reconheceu a existência de problemas de manutenção em equipamentos, como os da academia de musculação, a quadra do futebol society e o tablado que serve de mirante. Walmir Araújo informou que a empresa que venceu a licitação para fazer a mantutenção do parque assumiu na semana passada e fez um mapeamento dos problemas. Neste momento, estaria elaborando o cronograma de compra de material para fazer a reposição.

Sobre os cadeados que estão trancando as anilhas, impedido o uso dos equipamentos pelo público, Walmir respondeu que se trata de uma medida preventiva, já que os aparelhos não podem ser utilizados sem a orientação de um profissional. O diretor disse que está desenvolvendo um projeto junto a prefeitura para que os professores possam voltar a atender o público da musculação.


Fonte: Extra