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Dieta e exercícios na gravidez melhoram saúde cardiovascular de filhos 04/03/2021

Como se já não faltassem incentivos para as gestantes cuidarem da alimentação e ficarem mais ativas fisicamente, estudo desenvolvido no King’s College, em Londres, e apoiado pela British Heart Foundation traz mais um reforço ao demonstrar que esses hábitos podem afetar positivamente a saúde cardiovascular dos filhos. Os pesquisadores examinaram como a adoção de dieta e as atividades físicas no pré-natal de grávidas com obesidade influenciam na saúde da mulher e da criança. As participantes adotaram uma alimentação com índice glicêmico e gordura saturada reduzidos e praticaram exercícios diariamente. Dentre os resultados destacados em artigo sobre o estudo, os pesquisadores chamam a atenção para a redução da frequência cardíaca em repouso nos filhos dessas mulheres. Três anos após o nascimento, essas crianças tiveram uma diminuição de 5bpm (batimentos por minuto), quando comparadas aos filhos das mulheres do grupo de controle, que não mudaram seu estilo de vida. Além disso, as próprias mães tiveram menor ganho de peso gestacional e também melhoraram o perfil metabólico, principalmente glicêmico. (...)

O profissional de Educação Física Eduardo Netto [CREF 002025-G/RJ] lembra que a redução da frequência cardíaca em repouso é uma das principais mudanças decorrentes do ganho de condicionamento físico. Um dos objetivos dos exercícios físicos é diminuir a frequência cardíaca basal, segundo reitera Netto, que é mestre em motricidade humana e pós-graduado em fisiologia do exercício. Dessa maneira, ao tomar a decisão de cuidar da alimentação e da parte física, como fizeram as participantes do estudo, as gestantes obesas também melhoram sua saúde cardiovascular. Para ilustrar os benefícios da diminuição dos batimentos por minuto, Netto faz uma conta bem simples.

– Ao reduzir a frequência cardíaca em 10bpm e multiplicar essa redução por hora de vida, é possível reconhecer a diminuição da sobrecarga no coração. Quando bate mais, está mais sobrecarregado. Quando está mais forte, o coração consegue mandar mais sangue para o corpo batendo menos – explica Eduardo Netto. (...)


Fonte: Eu Atleta